COMUNIDADE DOS SONHOS

COMUNIDADE DOS SONHOS
Uma reescrita atualizada do Livro Os Sonhos da Favela

A Lagarta e a Borboleta

A Lagarta e a Borboleta

SEJAM BEM-VINDOS!

Este é um blog educativo. Minha intenção é postar meus projetos de literatura infantil, em verso e prosa, para ajudar pais e professores na educação de nossas crianças.



Todos os textos aqui publicados são de minha autoria e estão devidamente registrados no EDA da Biblioteca Nacional.



RESPEITEM OS DIREITOS AUTORAIS!



Possuo três livros publicados: o primeiro com o Patrocínio da Prefeitura de Juiz de Fora, intitulado "Os Sonhos da Favela",
é um paradidático pré-adolescente que aborda temas como violência, drogas, gravidez adolescente, oportunidades e decisões. o segundo pela Editora Uirapuru, intitulado "As cores do Meu Brasil" é um livro infantil que conta a história da diversidade do nosso Brasil dando ênfase à cultura Afro-brasileira, e A Lagarta e a Borboleta, que é o poema mais lido do blog.

Saudações literárias.


Vera Ribeiro Guedes.





OS SONHOS DA FAVELA

OS SONHOS DA FAVELA
TRABALHO REALIZADO PELOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA - JUIZ DE FORA - MG

AS CORES DO MEU BRASIL

AS CORES DO MEU BRASIL
Livro infantil de cultura afro-brasileira

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A ESTRELA DO NATAL


IMAGEM: http://www.walldesk.com.br
           
              Há muitos anos atrás... Em uma cidadezinha chamada Belém... Em noite sem lua... Quatro estrelas teimavam em reinar no céu.
            Haviam ouvido dizer que nasceria um Menino-Deus, que traria a Salvação para o mundo; e que, uma estrela muito brilhante guiaria o povo até o lugar de Seu nascimento.
            Das quatro, três brigavam entre si, para saber qual delas teria essa honra e então, sua história haveria de ser contada por todos, quando falassem no nascimento do Menino e essa estrela ficaria famosa.
            Uma delas disse:
            - Eu serei a estrela escolhida porque sou a maior de todas; porém, enquanto falava e revirava suas pontas, não viu que lá em baixo, um casal humilde atravessava o deserto.
            A segunda estrela viu o casal, mas não deu importância e falou:
            - Eu sou a mais brilhante e por isso serei a escolhida, e enquanto falava pensava: “Não vou desperdiçar meu brilho com um casal de mendigos”.
            A terceira estrela, nem grande, nem pequena, também não muito brilhante, porém muito imponente retrucou:
            - Lá em baixo seguem os pastores, vagando na escuridão, mas eu só vou iluminar o Menino importante, guardarei meu brilho para Ele, pois serei a escolhida.

            Enquanto isso, em um cantinho do céu, uma estrelinha muito pequena, não conseguia ouvir o que as suas amigas falavam, porque estava muito ocupada tentando iluminar, sozinha, o caminho do pobre casal e dos pastores que por ali passavam.
            Ela também gostaria de ser a estrela escolhida, mas não tinha essa pretensão. Era a menor dentre as estrelas do céu, por isso, contentava-se em ajudar os peregrinos, iluminando com seu pequeno brilho o caminho dos desconhecidos.
            Foi quando, neste instante, três reis cruzaram o caminho e a única estrela que conseguiram enxergar era a pequena e solitária estrelinha, e, decidiram segui-la
            Quando percebeu que seu pequeno brilho estava sendo de grande valia para aquelas pessoas pobres ou ricas, a estrelinha encheu-se de alegria e começou a inflar... inflar... inflar... até que explodiu em grandes e luminosos raios que cobriram todo o céu, até apontar para uma pequena manjedoura, onde aquele pobre casal que ela iluminou, deitava coberto em panos o seu Menino, rodeado pelos pastores que por ali também passaram.
            Os reis conseguiram chegar até o Menino-Deus e a pequena estrela, a menor dentre todas, tornou-se grandiosa e, seu brilho foi reconhecido por toda a humanidade como sendo “A Estrela do Natal”.
            Quanto às outras, que só se preocuparam com suas vaidades, continuaram no anonimato.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PRÉ-ADOLESCÊNCIA

O meu mundo de alegria,
De sonhos e fantasia,
Está se transformando...
Deixei de ser pequenino,
Não sou mais o mesmo menino,
Meu corpo está se modificando.

Estou mais alto, estou mais magro,
Tenho pelos no sovaco,
Espinhas a me incomodar.
As meninas estão mais bonitas,
Deixaram os laços de fita,
Comecei a reparar.

Os brinquedos, eu deixei de lado;
Não estou mais interessado,
No “Patati-Patatá”.
Gosto mesmo é de vídeo game
E, de navegar na rede;
Mãe! Compra-me um celular?

Meu mundo está no meu quarto;
Lá, encontro o meu espaço,
Entre livros e DVDs.
Está meio bagunçado,
É quase o meu retrato;
Estou aprendendo a crescer!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

É A CARA DO PEDRO!


Esse é o Pedro!
Menino negro,
Lindos olhos,
Cabelos crespos.

Orgulho de seus pais,
Também de seus avós
E, de seus bisavós;
Que chegaram ao Brasil,
Há algum tempo atrás.

Vieram de um lugar distante,
Mas, não eram viajantes.
Foram escravizados;
Seu povo foi maltratado.

Pedro é descendente,
Deste povo trabalhador.
Tem orgulho de sua gente,
Hoje é um vencedor.

Guerreiro e estudioso,
Da turma o mais querido,
Pois, é amigo de todos,
Das meninas, o preferido.

Hoje Pedro não veio à escola;
O que será que aconteceu?
Deve ter “matado aula”,
Ou será que adoeceu?

A sala está esquisita,
Com a ausência do amigo.
Sua carteira está vazia,
Falta o seu sorriso.

Depois da aula, o tumulto.
Todos vão à casa de Pedro;
Que chegou faz um minuto,
Lá do sítio do Alfredo.

- “Calma turma!” – disse ele.
Com seu alvo sorriso.
- “Estou bem! Só faltei a aula
para ajudar o meu amigo.”

“Que alívio!” – Suspirou a turma.
É bem a cara do Pedro.
Socorrer quem necessita,
Ajudar a quem precisa.

NÃO QUERO BOLSA DE JACARÉ














Qual é!
Quem quer bolsa de jacaré?

Olha lá o jacaré!
Que dentes afiados,
Vou dar no pé!
Não quero ser triturado.

Deixe de besteira,
Jacaré não dá bobeira,
É só não perturbar.
Deixa ele descansar!

Jacaré do papo amarelo,
Jacaré do Pantanal,
Estão desaparecendo,
Isso não é legal!

Não quero bolsa de jacaré,
Nem sapato no meu pé.
Quero manter a natureza,
Com toda a sua beleza.

Venham comigo criançada,
Aqui não tem caçada,
Nem caça, nem caçador.
Somente muito amor.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

MENSAGEM PARA O DIA DOS PAIS

Pai,

A exemplo de São José, que cuidou do Menino Jesus, você cuida de mim.
Seu carinho e seu amor me dão a segurança que preciso para continuar a caminhar.
Nos momentos difíceis, você me protege e me consola.
Nos momentos felizes, você sorri com as minhas vitórias.
Você é o meu exemplo!
Por tudo isso, digo que te amo e peço a Deus que te faça muito feliz, sempre.
Obrigado meu PAI!

terça-feira, 5 de junho de 2012

ONÇA PINTADA

SOU A ONÇA PINTADA!
DE PINTAS GRANDES
E PATAS LARGAS.
A MATA ATLÂNTICA É MINHA CASA.
NÃO QUERO VIVER ENJAULADA!

SOU FELINA. SOU PERIGOSA,
SOMENTE QUANDO ME ASSUSTO.
EM MEU HABITAT, SOU RAINHA.
DEFENDO MEUS FILHOTES COMO UM URSO.

CRESÇO, APAREÇO E SUMO.
NA MATA, NINGUÉM ME ACHA.
PROCURO SEMPRE, UM LUGAR SEGURO,
LONGE DO CAÇADOR E SUA ARMA.

SOU PARTE DA NATUREZA,
NELA, TENHO PODER.
SE VOCÊ É AMIGO DA BELEZA,
TERÁ QUE ME DEFENDER!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

ADOLESCÊNCIA

Pobre pássaro sem asas,
Aprisionado em sua gaiola,
Triste melodia cantarola.

Ninguém ouve, ninguém vê,
Ninguém, dele, se compadece,
E, todo dia, ao entardecer,
Eleva aos Céus, a sua prece:

Oh Senhor, Dá-me asas!
Deixe-me alcançar o infinito.
De volta aos céus, minha casa,
Ouvirás meu canto mais bonito.

Deixe-me alçar vôo, de verdade,
Encontrar meu caminho de vitória,
Sempre almejei a liberdade,
Por favor, conceda-me agora.


E como milagre, a portinhola se abriu,
E o pássaro por ela partiu,
Em seu vôo tão desejado.

E quando o céu, ele alcançou,
Um estilingue o derrubou,
Caiu em cima de um telhado.

E moribundo está agora,
Lembrando de sua gaiola,
Não deveria tê-la deixado.

Pois, ainda não era a hora,
De partir, para alcançar a vitória,
Não estava preparado.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CADA PEIXE EM SEU AQUÁRIO

MEU BARQUINHO DE PAPEL,
DESCE O RIO DEVAGAR.
QUE EU VOU DE CARONA
OLHANDO OS PEIXINHOS...

UM É AZUL, OUTRO É VERMELHO.
TODOS COM MUITAS CORES.
COMO CONSEGUEM RESPIRAR?
IMAGEM: meupapeldeparedegratis.net
DE REPENTE...
UM DELES PULOU DENTRO DO BARCO
E EU PENSEI QUE O PEIXINHO IA MORRER,
MAS, ELE DISSE QUE QUERIA ME VER
                                                                   
PARA SABER COMO É SER CRIANÇA,
E PODER RESPIRAR FORA D’ÁGUA.
EU ACHEI ENGRAÇADO...

PORQUE FIZ O BARQUINHO,
DESCER O RIO, ATRÁS DO PEIXINHO.
PARA PERGUNTAR A ELE,
COMO RESPIRAR DENTRO D’ÁGUA.

EU QUERIA SABER NADAR,
MAS NÃO CONSEGUIA RESPIRAR.
A MINHA DÚVIDA ERA TAMBÉM A DELE.
CADA UM NO SEU LUGAR.
EU NA TERRA INDO PARA O RIO,
E ELE DO RIO A ME OLHAR.